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Novembro 2013
A Fibromialgia é um síndrome muito comum que afeta, em 90% dos casos, mais as mulheres que os homens e com um pico de incidência entre os 30 e os 50 anos de idade. Pode manifestar-se em crianças, adolescentes bem como em pessoas mais idosas. Em geral e curiosamente, a doença observa-se mais frequentemente em pessoas socialmente melhor posicionadas.
Esta condição clínica é caracterizada por dor músculo-esquelética generalizada e é acompanhada por sintomas de fadiga, alterações do sono, memória e humor. Os investigadores acreditam que a Fibromialgia amplifica as sensações dolorosas, afetando a forma como o cérebro processa os sinais de dor.
Apesar da alta incidência desta doença, o diagnóstico nem sempre é feito. Não existem análises laboratoriais nem de imagens que possam confirmar a existência da Fibromialgia. Sabe-se que tem uma incidência familiar, sugerindo que exista uma pré-disposição hereditária. Pode ser desencadeada por alguma infeção viral como gripe, por stress ou por algum trauma físico, bem como emocional. É também já do conhecimento dos especialistas que existe sempre o envolvimento de um quadro depressivo que não será consequência mas sim fator causal. Por este motivo é de todo conveniente que o paciente faça uma boa investigação do funcionamento de suas glândulas. A diminuição de serotonina e de outros neurotransmissores (associados à depressão) levam a uma maior sensibilidade aos estímulos dolorosos e podem estar implicados na Fibromialgia.
 Os sintomas de dor da Fibromialgia caracterizam-se por dores crónicas em várias partes do corpo, por um período superior a 3 meses e pela presença de dor na palpação em 11 a 18 pontos dolorosos, situando-se estes em locais específicos como ilustra a seguinte imagem:
Embora não exista uma cura para a Fibromialgia, algumas medidas terapêuticas podem ajudar a controlar os sintomas. Homeopatia, nomeadamente os Sais de Schussler, suplementação, alimentação antioxidante e anti-inflamatória, exercício físico, relaxamento e redução de stress, irão certamente promover francas melhorias!
Sensibilizada por esta condição clínica que afeta diversas pessoas, sugerimos o seguinte protocolo terapêutico de Sais de Schussler, completamente compatível com outras medidas terapêuticas que possam estar a ser feitas pelo paciente:
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Sal nº 1 Calcium fluoratum
Melhora a flexibilidade dos tecidos, nomeadamente muscular e conjuntivo. 2 comprimidos antes do pequeno-almoço
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Sal nº 7 Magnesium phosphoricum
Promove o alívio da dor e atua no sistema nervoso. 2 comprimidos antes do almoço
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Sal nº 5 Kalium phosphoricum
Importante para a saúde muscular, potencia um sono reparador e beneficia o sistema nervoso em caso de esgotamento ou depressão. 2 comprimidos antes do jantar
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O referido protocolo deverá ser feito no mínimo por 3 meses.
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Nota: Em caso de dor aguda e de carácter intenso, pode-se administrar o Sal nº 7 Magnesium Phosphoricum sob a forma de "Hot 7" - diluir em água quente 10 comprimidos e tomar em pequenos goles.
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Para além do protocolo terapêutico indicado, sugerimos também algumas medidas alimentares que feitas em simultâneo com os Sais de Schussler irão certamente promover uma mais rápida melhoria:
Beber 1,5L de água por dia.
Eliminar o trigo da dieta alimentar optando por cereais sem glúten e integrais (quinoa, trigo-sarraceno, arroz, milho, millet e amaranto).
Ingerir alimentos com grande valor antioxidante: erva-trigo, clorela, spirulina, açaí, bagas goji, bagas inca, mangostão, noni, camu-camu.
Eliminar lácteos da alimentação, sobretudo o leite de vaca, optando por bebidas não lácteas de amêndoa, avelã, quinoa, trigo-sarraceno, arroz, milho, millet e amaranto.
Evitar ao máximo açúcar branco optando pela stevia ou xilitol.
Evitar cafeína.
Consumir de preferência alimentos frescos sem aditivos nem corantes.
Diminuir o consumo de hidratos de carbono.
Açafrão-da-índia (curcuma)
Existe alguma discussão sobre quando o açafrão-da-índia foi primeiro utilizado como tempero mas uma coisa é certa: há milhares de anos atrás, as pessoas na Índia e na China usavam este tempero. De facto, algumas histórias sugerem datas da sua utilização há cerca de 10 mil anos atrás na Índia.
Os antigos Polinésios levavam, com eles, o açafrão-da-índia nas suas incríveis viagens atravessando o Oceano Pacífico até ao Havai. Hoje, os havaianos ainda usam este tempero - conhecido por eles como olena.
Em 1280 DC, Marco Polo, enquanto na China, registou no seu diário informações sobre a curcuma: "Existe também um vegetal que tem todas as propriedades do verdadeiro açafrão, bem como o cheiro e a cor, mas não é realmente açafrão."
Desde então, a curcuma tem sido usada como um substituto para o açafrão na Europa.
Um dos componentes mais importantes na curcuma é a curcumina ( um curcuminoid ), que dá ao açafrão-da-índia a sua cor amarela. Os cientistas ocidentais isolaram, pela primeira vez, em 1815, a molécula de curcumina, obtiveram a sua forma cristalina em 1870 e determinaram a sua estrutura global em 1910.
Os potenciais efeitos benéficos da curcumina são: - Promove um bom sistema imunitário - Auxilia o sistema digestivo - Apoia a estrutura óssea, as articulações e o sistema esquelético em geral.
Devido às suas propriedades anti-inflamatórias, o açafrão-da-índia torna-se um bom aliado no combate às condições inflamatórias como a artrite e a Fibromialgia. No entanto, os efeitos secundários devido à sobreutilização não devem ser menosprezados.
Em culinária o açafrão-da-índia em pó pode usar-se sem interrupções, desde que não exceda a dose em mais de 100g por dia (os pacotes de supermercado terão 70 a 100g). Recomenda-se a utilização de 1 colher de café de açafrão-da-índia em pó por cozinhado. Relativamente à curcuma, o uso continuado noutras formas não deverá ser por mais do que 3 meses, interromper 1 mês no mínimo e em caso de necessidade voltar a tomar.
Como preparar chá de açafrão-da-índia:
80ml de mêl orgânico 2½ colheres de chá de açafrão-da-índia Limão Pimenta preta moída
Misturar o açafrão-da-índia com o mel até formar uma pasta. Guarde esta pasta num frasco para utilizar conforme necessita. Por cada chávena de chá, utilize uma colher de chá da pasta. Adicione água quente (mas não água a ferver) na chavena, e mexa bem para dissolver a pasta de curcuma. Acrescente o sumo de um limão, e uma boa quantidade de pimenta preta (conforme o gosto). Mexa de vez em quando enquanto vai bebendo.
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