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Dezembro 2013
A Artrite Reumatoide é uma doença inflamatória sistémica e de carácter crónico, caracterizada pela destruição das articulações. É a artrite mais frequente, afetando aproximadamente 1% da população mundial. A incidência varia com a raça e a localização geográfica e aparentemente é baixa nos negros africanos e nos chineses. As mulheres são mais afetadas, sendo a relação de 3:1. Atualmente, a artrite reumatoide afeta aproximadamente 40 mil portugueses.
A sua causa não é ainda totalmente conhecida, contudo existem suspeitas de que a doença ocorre em indivíduos geneticamente predispostos. O antigénio HLA-DR4 do linfócito B está presente em cerca de 70% dos doentes com Artrite Reumatoide. Entre os numerosos agentes implicados na etiologia patológica da Artrite Reumatoide estão vírus como o parvovírus, o vírus de Epstein Barr, bem como bactérias incluindo as microbactérias. Sabe-se também que alguns fatores como o stress emocional, má alimentação, falta de exercício físico, nomeadamente de alongamentos, podem contribuir para o aparecimento da doença.
A Artrite Reumatoide caracteriza-se por provocar manifestações locais e gerais e por serem muito distintas. De facto, embora por vezes se evidencie através de sinais e sintomas pouco específicos, como mal-estar, cansaço, dores difusas e febre moderada, que precedem os sinais e sintomas ao nível das articulações, noutras ocasiões costuma manifestar-se por uma súbita inflamação articular. Para além disso, os sinais e sintomas ao nível das articulações tanto podem apresentar-se de forma repentina, manifestando-se ao fim de poucos dias, como de forma lenta, evidenciando-se apenas ao fim de vários meses.
O sintoma mais comum é a dor, de maior ou menor intensidade consoante o caso, que se costuma evidenciar de forma alternada em várias articulações. Embora a dor tenha a tendência para aumentar progressivamente, em alguns casos, diminui ao fim de um certo período de tempo, após o qual volta a reaparecer, acentuando-se nos períodos em que a doença passa por uma fase aguda.
Um outro sinal típico é a rigidez articular, uma sensação específica de dificuldade em efetuar movimentos que envolvam as articulações afetadas, sendo pior ao acordar e diminuindo ao longo do dia.
À medida que a doença vai evoluindo, vai provocando uma característica debilidade dos músculos periarticulares, devido às lesões inflamatórias e à falta de exercício consequente da limitação dos movimentos provocada pela doença. Nas fases mais avançadas da doença, costumam surgir deformações mais ou menos evidentes das articulações afetadas, o que pode provocar uma deterioração do seu funcionamento e, nos casos mais graves, conduzir à invalidez.
Por este motivo sugerimos, como coadjuvante com outros tratamentos, um protocolo terapêutico com os Sais de Schussler DHU, de forma a tornar a doença o mais assintomática possível.
Sais de Schussler
Fase Aguda
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Sal nº 3 Ferrum phosphoricum
Ação anti-inflamatória das articulações. 1 comprimido até 6 vezes por dia
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Fase Crónica
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Sal nº 9 Natrium Phosphoricum
Dor e rigidez matinal. 2 comprimidos antes do pequeno-almoço
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Sal nº 10 Natrium Sulfuricum
Distúrbios reumatoides que pioram com o tempo húmido. 2 comprimidos antes do almoço
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Sal nº 11 Silicea
Para fortalecimento das articulações. 2 comprimidos antes do jantar
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Fitoterapia Aplicação externa dos seguintes óleos essenciais poderão ajudar a reduzir a inflamação: eucalipto, lavanda, camomila, calêndula, orégão ou bagas de zimbro. (Podem ser utilizados um ou mais óleos numa base de óleo de amêndoas doces.)
As plantas medicinais como a unha-de-gato, o alcaçuz, o harpagófito, a ulmária e o salgueiro poderão contribuir para uma maior saúde articular.
Alimentação A dieta alimentar deverá excluir cereais refinados e totalmente o trigo, bem como as solanáceas ( por exemplo beringela, pepino, pimento verde), lácteos e açúcares.
Alimentos desintoxicantes, anti-inflamatórios e imuno-estimulantes, como algas, frutos vermelhos, oleaginosas como as nozes e as castanhas do Brasil, gengibre, açafrão-de-índia, sementes de chia, alfafa e ervas aromáticas, deverão ser potenciados.
Em caso de uso constante de:
- aspirina, sugerimos alimentos ricos em Vitamina C (limão, laranja, kiwi); e
- corticóides, sugerimos alimentos ricos em cálcio ( brócolos, couve-flor) e Vitamina D (peixe e camarão).
Medidas Complementares
- Períodos de descanso, incluindo o repouso durante o dia
- Apoio da família, amigos, colegas e grupos de ajuda (Andar - Associação Nacional de Doentes com Artrite Reumatóide)
- Exercícios de alongamento e de reforço (Yoga, Pilates)
- Osteopatia
- Acupunctura
Vamos falar do gengibre...
O gengibre (Zingiber officinale) é uma planta nativa do Oriente, facilmente encontrada na região sudoeste da Ásia – China, Japão, Tailândia -, Índia e África, e cultivada em países de clima tropical. A planta tem flores de coloração verde-púrpura que lembram as flores de outras espécies de plantas, e o rizoma (caule subterrâneo) é a parte mais consumida na culinária e na tradicional medicina oriental, sob diversas apresentações: naturalmente, em pó, em óleo essencial, em extrato, em forma de cápsulas, entre outras.
Na cultura indiana, essa planta é utilizada em terapias de gripes, problemas digestivos, Artrite Reumatóide, estimulador de apetite, infeções urinárias e na prática Ayurvédica (como alimento que promove equilíbrio do homem e traz força); em África é a mais utilizada nos tratamentos de febre amarela e malária. Na medicina oriental, o gengibre é um dos produtos mais utilizados sendo normalmente prescrito para o tratamento de dores de cabeça, gripes e resfriados, doenças infecciosas em geral, doenças reumáticas (osteoartrite, Artrite Reumatóide e gota), regulador da tensão arterial e anti-inflamatório.
Na culinária, o gengibre é muito utilizado como tempero para realçar o sabor e o aroma dos alimentos, e também sob forma de líquidos, tais como chás e demais bebidas.
O gengibre é um alimento que possui um baixo valor calórico, além de conter alguns minerais importantes (como magnésio e potássio) e vitaminas (folato e vitamina B6). O gingerol é uma das substâncias ativas presentes no gengibre com ações benéficas ao organismo: anti-oxidante, anti-fúngico, anti-inflamatório, analgésico, antipirético, inibe a agregação das plaquetas evitando o aparecimento de trombos, ação cardiotônica e efeito protetor de células nervosas contra doenças degenerativas. O gingerol também é conhecido pela sua ação termogênica, auxiliando na perda de peso.
É necessário salientar que se deve tomar cuidado com o consumo excessivo de gengibre (acima de 400mg por dia), pois alguns estudos mostraram que a alta ingestão pode provocar efeitos adversos, como aborto em mulheres principalmente no início da gestação (apesar de que em doses moderadas 200 mg/dia e pontualmente pode ser administrado na grávida para alivio de náuseas e vómitos), aumento do fluxo sanguíneo nas mulheres em período menstrual, surgimento de quadros de úlceras, azia e gastrite e aumento de cálculos renais.
Administração Utilizam-se os seus rizomas frescos ou em pó. Tomar durante as refeições, 2 a 4 g por dia.
Compressa de gengibre Esprema o sumo de 50 g de gengibre fresco ralado para um litro de água a ferver e depois junte o gengibre espremido. Deixe 10 minutos em infusão e embeba uma toalha que depois de espremida será utilizada sobre a zona afetada. O processo é repetido sempre que a toalha ficar morna, durante 10 a 30 minutos. É útil nas dores reumáticas crónicas, principalmente as que agravam com o frio.
Esta altura do ano é propícia a alguns “abusos” alimentares quer para os graúdos, quer para os míudos. Por isso, frutas e verduras devem sempre fazer parte da ceia de Natal e de outras comemorações de fim de ano. As frutas contêm fibras, vitaminas e outros componentes que auxiliam no processo digestivo.
O COLIKIND, da gama mamanatura® da Linha pediátrica DHU, contém Chamomilla e Magnesium phosphoricum na sua composição e vai ajudar a facilitar a digestão e tem um efeito calmante sobre as mucosas gástricas e intestinais.
Como tomar? Na fase aguda – 5 glóbulos a cada hora ( no máximo 12 tomas diárias).
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