Outubro 2015
A Tiroide é uma das 8 glândulas que o organismo possui. Situada na porção anterior e inferior da laringe, a sua forma assemelha-se a uma borboleta, pois é constituída por dois lobos laterais, cada um com cerca de 4 a 6 cm de comprimento, 1,5 cm de largura e 2 a 3 cm de espessura, situados em ambos os lados da traqueia e unidos por uma estreita porção de tecido, denominado istmo. Em algumas pessoas, a glândula apresenta igualmente um pequeno prolongamento na parte superior, denominado lobo piramidal. Em condições normais, embora se encontre a um nível muito superficial, a Tiroide não é percetível no pescoço nem é palpável.
A principal função da Tiroide é a produção das hormonas tiroxina, cuja denominação abreviada é T4, e triodotironina ou T3. Estas hormonas que se distinguem pela sua composição em iodo, encarregam-se em particular do controlo do metabolismo interno do organismo, sendo também essenciais para o crescimento físico e o desenvolvimento mental das crianças.
A tiroxina (T4) e a triodotironina (T3) têm uma ação muito semelhante, embora a última seja mais eficaz. Provocam, em praticamente todos os tecidos orgânicos, um aumento das reações metabólicas. 
Por um lado, favorecem a síntese de enzimas oxidativas, o que provoca um maior consumo celular de oxigénio e posterior aumento da produção de calor, favorecendo a absorção intestinal de glicose. Também são utilizados como “combustível” pelas células, para que estas obtenham energia, tendo uma ação semelhante sobre os lípidos e proteínas. Por outro lado, os seus efeitos sobre diversos órgãos são semelhantes aos provocados pelo sistema nervoso simpático: por exemplo, originam um aumento da frequência cardíaca e aumentam a atividade neuromuscular.
São 3 as condições patológicas mais comuns da tiroide:
- Hipotiroidismo - Hipertiroidismo - Nódulos

Hipotiroidismo
Se a produção de “combustível” é insuficiente provoca hipotiroidismo. Tudo começa a funcionar mais lentamente no corpo: o coração bate mais devagar, o intestino prende e o crescimento pode ficar comprometido. Ocorre, também, diminuição da capacidade de memória, cansaço excessivo, dores musculares e articulares, sonolência, pele seca, ganho de peso, aumento nos níveis de colesterol no sangue e até depressão. Na verdade, o organismo nesta situação tenta "parar o indivíduo", já que não há “combustível” para gastar.
Hipertiroidismo
Se há produção de “combustível” em excesso acontece o oposto da condição anteriormente analisada, o hipertiroidismo. Nesse caso, tudo no organismo começa a funcionar rápido demais: taquicardias, diarreias, inquietação, excesso de linguagem verbal e corporal, menor necessidade de sono, contudo possibilidade de se sentir cansaço e prostração.
Tanto no hipo- como no hipertiroidismo, pode ocorrer um aumento no volume da tiroide, que se chama bócio, e que pode ser detetado, através de exame físico. Problemas na tiróide podem aparecer em qualquer fase da vida e em ambos os sexos.
Nódulos
Um dos problemas mais frequentes da tiroide são os nódulos. Isto não significa que sejam todos de natureza maligna - apenas 5% dos nódulos são cancerígenos. O reconhecimento precoce deste nódulo pode salvar a vida do doente e a palpação da tiroide é fundamental para isso. Este exame é simples, fácil e pode mudar o decorrer da evolução da doença. Uma vez identificado o nódulo, o endocrinologista solicitará uma série de exames complementares para confirmar a presença ou não de cancro. Os nódulos não têm que ter necessariamente alguma relação com alterações nas hormonas T3 ou T4.

Diagnosticar as doenças da tiroide não é complexo e deve ser alvo de rotina médica se existirem sintomas associados.
Os tratamentos clássicos à tiroide envolvem medicamentos químicos de síntese ou cirurgia aquando de nódulos (sobretudo se muito volumosos ou com suspeita maligna).
A abordagem da medicina complementar irá favorecer o organismo e em nada comprometerá qualquer outra intervenção alopática.
Pela Homeopatia
Através dos Sais de Schussler conseguiremos ajudar a tiroide na sua preservação quer estrutural (nódulos) quer funcional (produção de hormonas).
Pela Fitoterapia
Plantas para desintoxicação hepática:
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Borututu |
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Cardo-Mariano |
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Alcachofra |
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Boldo |
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Dente-de-Leão |
Pela Alimentação e Estilo de Vida
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Eliminar alimentos processados - repletos de substâncias artificiais que perturbam o funcionamento endócrino |
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Optar por alimentos biológicos |
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Beber muita água |
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Ter uma alimentação rica em frutas e legumes |
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Evitar cereais, sobretudo os refinados especialmente o trigo |
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Evitar lácteos |
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Fazer exercício físico regular |
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