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Adoçantes artificiais

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Contrariamente à informação prestada pelos fabricantes, os estudos clínicos efetuados durante os últimos 30 anos – incluindo estudos clínicos de grande dimensão – demonstraram que os adoçantes artificiais estimulam o apetite, aumentam o desejo de ingerir hidratos de carbono e produzem uma varidedade de disfunções metabólicas que promovem a acumulação de gordura e o aumento de peso.

Em 2014 uma equipa de investigadores em Israel descobriu um efeito tangível dos adoçantes sobre a nossa fisiologia. Mais precisamente, que o consumo de adoçantes é capaz, tanto no ratinho como no ser humano, de provocar desequilíbrios da flora intestinal – nos milhões e milhões de bactérias que vivem no nosso intestino e nos ajudam a digerir os alimentos. E que, por sua vez, esses desequilíbrios podem fazer aumentar perigosamente os níveis de açúcar no sangue – ou seja, precisamente o que se pretendia evitar ao substituir o açúcar natural por adoçantes. Apesar de serem muito preliminares, os seus resultados, que foram publicados na revista Nature, levaram estes autores a concluir que “a utilização em massa destes aditivos alimentares deve ser reavaliada” e que "os adoçantes poderão ter contribuído diretamente para exacerbar precisamente a epidemia [de obesidade] que se destinavam a combater".

Uma das razões pelo qual os adoçantes artificiais não ajudam a combater o aumento de peso está relacionada com o fato que o nosso organismo não se ilude que haja um sabor aducicado sem que haja as respetivas calorias. Quando ingere algo doce, o seu cerebro secreta dopamina que por sua vez ativa o “centro de recompensa”. A hormona leptina que regula os níveis de apetite também é secretada e o seu cerebro recebe a mensagem que está “cheio” após a ingestão de certo número de calorias. No entanto,ao consumir algo doce mas que não contém calorias, as vias de prazer do cerebro são ativadas pelo sabor adocicado mas não são desativadas porque as calorias nunca chegam a entrar. Assim sendo, as adoçantes artificiais enganam o seu organismo a pensar que vai receber açúcar (calorias) mas quando o açúcar não chega, o corpo assinala que necessita mais, resultando num desejo para ingerir hidratos de carbono.  

Uma outra possibilidade de correlação entre o aumento de peso e a utilização de adoçantes artificiais é o impacto que quantidades excessivas de sabor aducicado tem sobre o nosso nível de satisfação. Estes adoçantes são cem a mil vezes mais doces do que açúcar natural. Já foi demonstrado que uma exposição repetida a um certo sabor treina o nosso organismo a esse sabor como preferencial. Quando cortamos na quantidade de sal e/ou gordura na nossa dieta durante várias semanas, iremos notar e, muito provavelmente, não gostar se voltarmos a ingerir alimentos com alto teor de sal e/ou gordura. A diferença neste caso é que com os adoçantes artificiais, o organismo não se habitua a não consumir alimentos aducicados.

Existem aproximadamente cinco adoçantes artificiais no mercado português. Um dos mais comuns é o aspartame. O aspartame e os outros adoçantes artificiais são primariamente promovidos aos diabéticos e a pessoas preocupadas com o seu peso, apesar de já ter sido demonstrado que têm o efeito exatamente oposto

No decorrer do tempo, os adoçantes artificiais têm entrado numa variedade de produtos não direcionados aos diabéticos, nem a quem está a fazer dieta. Assim deveremos estar atentos(e bem), ao que que ingerimos, lendo a informação nutricional nas embalagens.

O treino do paladar para sabores menos doces é que pode ser a solução que leva a uma educação alimentar que ajuda a prevenir doenças. A simples substituição de um produto doce por outro – já se viu que não resulta.

 

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